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quarta-feira, 27 de abril de 2011

Os amigos e o tempo

Hoje fui beber 1 copo com o R. Despedir-me de 4 anos e meio de memórias. De amizade que foi pura e sofreu por mãos terceiras. Metade do nosso tempo aqui foi a desvanecer. Pouco contacto nos últimos 2 anos. Festas esporádicas.
Não como no tempo d'os Jantares do Mundo a rodar casas de amigos e experimentar sabores de outras gentes. Das noites sentados na janela entre copos e conversas até amanhecer. Do eco das gargalhadas na sala por mobilar. Do tanto em comum nas nossas vidas. Dos planos de deixar este trabalho e abrir um café concerto com sala de leitura e um toque underground.

Porque há gente muito estúpida neste mundo, mesquinha, abstrunta e que só ia ao sítio com 2 punhos cerrados naquelas fronhas.  Ou era para ser assim. Se calhar, já partilhamos e aprendemos um do outro o que tinhamos para nos ensinar. 
Se calhar o tempo não nos apagou.
Se tivesse apagado, não havia o olhar que hoje trocamos. Aquele olhar que, no meio da algazarra do pessoal, diz "está tudo bem". Ou aquele abraço que sela uma amizade no infinito.

Vou ter saudades tuas? Não. Porque sei que vais viajar pelo mundo e ser livre, como é a tua natureza. E se tu estás feliz eu vou sentir isso. Como senti hoje. Como tu sentiste que eu não estou bem e eu não te tinha dito nada.

7 comentários:

Pink Poison disse...

E é tão bom que nos percebam sem uma única palavra! Um beijo

Pusinko disse...

pink: foi mesmo bom este reencontro. e despedida.

Paula noguerra disse...

Há sentimentos que não se conseguem exprimir por palavras. Foram feitas unicamente para serem sentidas.
Uma amizade de verdade nunca desaparece, nem que fique para sempre no coração e principalmente nas boas memórias que partilham!

Um ode às verdadeiras amizades!

Beijocas super aromáticas***

Shinobu disse...

Mesmo que se tenha apagado, a memoria que fica é aquela que existia antes de se evaporar.

Pusinko disse...

Paula NoGuerra: Pois foi o que senti. Amizade que não morre. E bem que podia ter ido Às favas.
Foi um momento maravilhoso. Como se o tempo tivesse parado exactamente no melhor momento e recomeçado a seguir.

Daniela Pereira: Acho que sobreviveu. E foi bom assim :)


Beijokas a ambas :)

Anónimo disse...

A verdadeira amizade é isso mesmo. Perceber o outro através do silêncio.

Beijinhos

who's yo' mama?! disse...

Bonito.
Há relações que merecem que passemos por elas mesmo que a sua eternidade seja curta...