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quinta-feira, 21 de abril de 2011

Crónicas de 10 linhas: Dos amigos e da Teoria de Darwin


Darwin foi um gajo visionário. Como o Galileu ou Copérnico e, uma dúzia de outros à frente do seu tempo. Mas escolho Darwin para mandar postas de robalo sobre a Selecção Natural de amigos.
Acontece com o tempo. Temos amigos de sempre que, aos poucos, passam a conhecidos, e (des)conhecidos que entram no coração quase como se fossem enviados por primos do Cúpido*. E quanto mais antigos ou significado tiveram no passado, mais nos custa assumir que, provavelmente o caminho divergiu, porque crescemos ou pelas opções de ambos os lados. Já tomei decisões dessas. Ou as decisões tomaram-se por mim. Laços dissolvidos naturalmente, não por eu os cortar. Custa não nos revermos nos espelhos de sempre, que iam a todo o lado connosco. Faz parte de crescer. E da definição de quem nós somos. Na selva, como nas amizades e nos amores, só os mais fortes sobrevivem. 


Os amigos que tenho são fantásticos! E eles sabem que sim.


* o anjinho papudo que manda setas nos postais de S. Valentim. Os primos mandam outras setas.

7 comentários:

Unknown disse...

Amigos vão e vêm... As pessoas mudam... E mais umas quantas frases destas que acabamos por ouvir todos os dias! C'est la vie. As pessoas surgem nas nossas vidas ao calhas, só permanecem se assim o escolhermos.

Pusinko disse...

José, é isso mesmo. As que permanecem sao as essenciais. E isso é o que importa.
Mas ninguém vem ao calhas para a vida de ninguém. Há sempre algo a aprender sobre si próprio e ensinar a alguém. :)
Nada acontece por acaso

Unknown disse...

Sim, acho que aprende-se com toda a gente mesmo... Mas interpretar qualquer coisa que aconteça ou alguém que se conheça como obra de um destino premeditado e propositado, já não é muito a minha cena... Mas se realmente assim for, agradeço ao master of puppets por ter cruzado o meu caminho com o teu! xD

Anónimo disse...

Concordo contigo. À medida que vamos crescendo e mudando vamos percebendo que existem amigos que afinal não o são. Depois há aqueles amigos, que depois de um tempo de afastamento, voltam a entrar na nossa vida e é como se esse afastamento nunca tivesse acontecido. Mas isso só acontece com as nossas almas companheiras.

Beijinhos

Unknown disse...

a nossa vida vai mudando. aos poucos. mas quando um dia comparamos o presente com o passado, podemos concluir que são o dia e a noite. e os amigos passam.
mas há uma sensação bonita quando os reencontramos. parece que estiveram sempre ali. e não custa tratá-los como se tivessem estado.
há que aproveitar os que estão. e os que voltarão a estar...

Pusinko disse...

José: Sao formas de ver as coisas. Eu nao acredito que está tudo tracado. Mas acredito no Universo e na Energia de que é feito. E acho que as coisas acontecem porque tem de acontecer em resposta Às nossas accoes. O que precisamos vem até nós, mesmo quando achamos que nao. E se os nossos caminhos se cruzaram, é porque é certo.

Joana: é isso. Almas companheiras reencontram-se como se nao tivesse passado tempo. O entendimento manteve-se. Os outros... é porque cumpriram um papel na nossa vida e nós na deles.
Eu palro muito nisto mas ainda me custa digerir quando acontece :)

António Branco: Concordo. Nao negar a possibilidade de voltar a ser como antes. Nao fecho portas se me sinto capaz de retomar um dia. Mas evito se nao souber lidar com uma situacao em concreto que me tenha magoado no passado. Mas isso sao roturas dramáticas que nao eram o objectivo do post. Refiro-me às que se diluem, e podem voltar... ou seguir caminho noutra direccao. :)


Beijokas a tutti

Shinobu disse...

Por falar em Darwin, ultimamente tenho visto um documentário muito interessante na TVI24 sobre ele e as teorias dele relacionadas com a actualidade.

Quanto a crónica sobre a amizade, é senão pura realidade, quantas pessoas passaram pela minha vida, quantas pessoas já as vi como amigos dos mais próximos possíveis e com o tempo tudo se desvaneceu, e outros tipos de amizades tão antigas que nunca desapareceram, felizmente ainda tenho dessas :)