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quinta-feira, 10 de março de 2011

Ralações ou isso, relações

O sol tem ajudado.
Estou em retiro espiritual em vários sentidos. Faz hoje um mês :o) que abandonei um ritmo menos saudável. Isolei-me num ambiente novo, criado por mim à minha medida. À medida do agora. Não foi planeado. Mas urgia. 
Trabalho acumulado, insónia feia, dores nas costas, pouco desporto (por causa das costas), humores vários, fim da linha num romance, melacolias, desejos, chefe a moer-me o juizo, datas de entregas de documentos...
Tem-me feito bem. Muito bem. A distância, o espaço o recato. 
Tenho saudades. Do todo? De partes? Do que eu aprendi a ser com ele? 
É uma questão de tempo até voltarmos a conviver. No entanto, este espaço-tempo é fundamental para integrar o passado recente, de qual o M. faz parte. Passado esse, por vezes ainda fresco, do qual me distancio cada vez mais para apreciar melhor.E funciona. 
Prepara-se, assim, o terreno para recriar alguém na nossa vida. 
Com os amigos é dificil. Uma verdadeira amizade não é passível de transfiguração como um romance ido. Uma amizade que já existe só pode ser fortalecida ou ferida de morte e esvair-se.  Isso não é transfiguração. 
Já os romances com pessoas que nos fazem bem (e vice-versa) devem ter essa chance de renovação. Em vez de permitir que os amores passados se diluam no afastamento, aproveita-se o melhor que ainda tem* para dar.
O período que separa o término de um romance e o (re)começar da amizade depende de cada um, mas é fundamental que exista, para amadurecer e catalogar sentimentos, preparando terreno para uma nova etapa. Eu, neste momento, lavro a terra e deito semente nova que brotará novos frutos, novos sabores.

* Falta o acento, mas este teclado cansa-me um bocadinho para os ir procurar a todos.

8 comentários:

margarida disse...

ah-ham..., antes de me debruçar no cerne da questão (na verdade, não me apetece muito por razões, enfim, bom, adiante), posso saber onde é que a menina anda para não ter acentos?!..., no "istranjeiro", mas onde? - não, não andei a ler lá para baixo, não tenho tempo, sorry... :(

Anónimo disse...

bom retiro e bons romances -__-


beijo

Pusinko disse...

Olá Sammael the morning Star:
Para já é retiro. Romance vem por acráscimo, quando for a hora. Para já, mimo-me :)

Beijokas

Pusinko disse...

Olá Margarida:
No perfil só diz que é uma capital e das boas. :)
Quando o blog saiu do coma, eu eliminei referencias a locais e pessoas...
Mas nas estatisticas, é o último país da tua lista de blogs, o istranjeiro onde me encontro

Beijokas

Zlati disse...

Concordo com absolutamente tudo o que escreveste, esta é de facto a visão lógica e sensata das coisas. No entanto eu nunca fui capaz de ficar amiga de quem já amei no passado. Nos pouquíssimos casos em que consegui manter um tipo de relação intermédia (para não perder o contacto e pouco mais) foram os casos em que simplesmente não foi amor, foi outra coisa qualquer. Mas pronto...eu tenho essa particularidade da qual não me orgulho muito, mas que por outro lado me poupa algum sofrimento e dores de cabeça. Simplesmente não consigo conceber a ideia de passar do amor (que para mim é algo mesmo muito, muito forte) para uma linda amizade, como se não fosse nada, prefiro cortar logo tudo, porque o smples pensamento de ter perdido o que tinha (mesmo que as coisas tivessem acabado pacificamente) é demasiado doloroso ao meu ver. Provavelmente conseguiria pensar em iniciar uma amizade com a pessoa passados muitos anos (uns 5 ou mais lol), caso contrário não consigo mesmo. Enfim, às tantas sou mesmo estranha:P
beijos e um bom início para ti, a todos os níveis!

Só Sedas disse...

Com a vida, tal como com as obras de arte, dar um passo atrás para observar desde o recato da distancia faz sempre bem, a perspectiva é outra e aprendem-se muito mais coisas.

Gostei do texto. Leva o tempo que quiseres "retirada".

Bj e bom fim-de-semana (e obrigada pelas visitas)!

Pusinko disse...

Olá Mona Lisa,
Uma situação inesperada trouxe de volta 1 amor do passado e uma amizade sólida. Desde então tem sido assim (não que sejam muitos mas foram cruciais, com todas a dores associadas também).
Não te aches estranha. Soa algo esquisito o que eu escrevi; a maioria dos meus amigos (H e M) não consegue reatar uma amizade de um amor passado.
É fundamental estar na mesma onda. Não se trata de criar novas oportunidades para conquistar o outro ou prolongar a presença, aromas, sorrisos a que nos habituamos no passado e não queremos soltar porque ainda os vemos ligadas pelo romance.
Não se passa do amor para uma amizade a correr. É algo que precisa de maturação e distância para catalogar as pessoas num novo posto na nossa vida.
Quem me magoou, ou não significou muito, não tenho contacto, salvo se não puder evitar. Agora, estou a catalogar alguém muito especial. :)

Beijokas

Pusinko disse...

Olá Só sedas:
Obrigada :)
O que sei é que me tenho empenhado noutras frentes criando a distância necessária e ocupando a mente com outras coisas.
O melhor é que não tenho tido qualquer ansiedade. O universo encarregar-se-á de me colocar na rota do contacto/amizade quando esta fase estiver concluida :)
Beijokas