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quarta-feira, 7 de outubro de 2015

Da bíblia de cada um, cada um é que sabe.


Há aquela que é um bestseller (cuja análise em exame daria negativa a muitos dos que por ela pautam a vida dos outros... adiante, pois como essa há outras colectâneas tão ou pior interpretadas por "entendidos"). Felizmente não é a essa que me refiro.

No meu trabalho preciso de ler (em não tendo memória eidética, também preciso reler e não é pouco). Não sei como é com vocês - estimados 3 leitores - mas, há um livro que nunca li de fio a pavio e, no entanto, é aquele que levaria para uma ilha deserta com um escritório (e vista pró mar a toda a volta). A resposta está lá, num parágrafo ou noutro, perdida e achada entre Ahs! e Ohs! por já ter lá passado os olhos sem que aquilo tivesse sido relevante.
Na minha 1a semana em Berlin, tive o pivilégio de conhecer o autor da obra prima depois de um workshop em que percebi zero vírgula quase nada. Foi aí que decidi comprar o livro que condensa décadas de trabalho dedicado uma causa maior. Estávamos em 2006. Até hoje continua com (bastantes) páginas por ler. Gosto da sensação de haver sempre algo novo naquele livro velho.




(Sim, o meu marcador de livro é um flyer de um festival Punk que muito estimo)





4 comentários:

Ricardo Santos disse...

É importante sim cada um ter a sua Bíblia, onde possamos carregar as nossa baterias e desfrutemos cada palavra como se fosse a primeira vez que a léssemos.

Pulha Garcia disse...

Se só puderes ler uma bíblia, lê A bola. Julgo que é a resposta certa.

Kuss

(os livros velhos fascinam-me; as mãos por que já passaram, o ainda poderem conter chaves para os problemas de hoje, o facto de quem os escreveu muitas vezes já não estar entre nós mas ainda interagir com os que cá estão, a prova do que fomos mudando, etc).

Pusinko disse...

Ricardo Santos,
Eu li uma boa parte da Bíblia quando era adolescente. Lembro-me bem dessa fase :)
Esta de que falo no post tem as respostas que fazem falta no trabalho. Ou responde uma boa parte a prepara terreno para mais perguntas por responder até agora. E nessa tenho a sensação que nunca acabarei de ler, já que não poucas vezes me propus a ler o dito livro de fio a pavio e até hoje nada... Deixo então ir ao sabor do vento.


Pulha,
A Bola era, naturalmente, a resposta certa. Se bem que, eu talvez ficasse dividida entre A Bola e as Páginas Amarelas, que julgo serem de valor também. ;)

Adoro livros velhos, passados por muitas mãos e com cheiro a papel antigo, encadernações cuidadas, com relevo. E, na maioria das vezes, livros assim são de autores que já morreram (e que, como diz uma blogger que acompanho, também não te podem desapontar). Gostei muito desta verdade: "já não estar entre nós mas ainda interagir com os que cá estão". É isso que os livros fazem, ligam gerações :)
Kuss

redonda disse...

E qual é o livro?