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terça-feira, 27 de maio de 2014

Mil duzentas e treze palavras* para Leipzig ou foi assim que peguei em Fausto

(* mais coisa menos coisa)



Após anos a adiar, concretizou-se o fim de semana em Leipzig.
A arquitectura é bela, os séculos de história sentem-se ao pass(e)ar, há algo de cativante no ar que se respira. Ou era só eu feliz por ter curado um resfriado e adicionei fermento a uma sensação banal para o resto do mundo..... Pshhh naaaaa. Berço de Wagner, amada por Bach, e morada de tantos talentos em diferentes áreas ao longo do tempo tem de ter algo de especial.
Éramos 4, combinação ideal em número, género e grau. Descobri sintonias inesperadas em conversas espontâneas, risos muitos, brindes mais. Palmilharam-se ruas, parques, avenidas e pracetas sem mapa nem plano, como se soubéssemos por onde ir e não nos enganamos. Leipzig não que enganar, aliás (a minha famosa falta de orientação geográfica não é aqui chamada).
Jantámos no incontornável Auerbachs Keller, 2o restaurante mais antigo da cidade (meados do século XV), preferido de Goethe ao ponto de o incluir em Fausto. Diz que, volta e meia, surge um Mephistófeles vestido a preceito a tentar as almas de incautos (e surpresos) clientes. No bar da casa, os cocktails fazem-se acompanhar por um piano e violino em modo swing, interrompidos aqui e ali por objectos com vida própria ou uma gargalhada cavernosa entre fumos e magia. O Diabo anda à solta em Leipzig e deve ser um bem disposto porque eu deixei lá um pedaço da alma. Entretando, depois de tudo isto, encomendei o livro.





3 comentários:

A Minha Essência disse...

Obrigada por esta visita guiada através dos teus olhos. ;)

Abracinho

Pulha Garcia disse...

Parece muito fixe, pá.

Pusinko disse...

Essência,
Só tem 1 foto e impressões pessoais mas merece a visita. Abracinho :)


Pulha,
Não deixo pedaços de alma (mesmo os pequeninos) em qualquer lado :)
Kuss