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sábado, 20 de abril de 2013

Dos dias tristes


em que o miau da casa dos pais, o miau do irmão, bolinha de pêlo que dormia aos pés da cama aquando das idas a casa e era um membro da família deixou o corpo doído da maleita. Adeus gatinho dos olhos rasgados.
Ao olhar agora para o JC, tão parecido contigo, espero que viva feliz num novelo de si mesmo por muitos anos.

Dos dias encastrados em semanas menos fáceis, em meses menos luminosos. Dias esses ainda mais cinzentos por outras cousas inda. Mesmo que o sol se insinue indecente na janela.

Dos dias em que o pulso arde do trabalho que se tem, a cabeça não descansa e as horas do dia e da noite passam de mãos dadas sem que os olhos consigam fechar um momento.

Dos dias que pesam mais do que deviam por forças que nem sempre sabemos de onde vêm mas que atraimos de algum modo, porque há jogos de forças que não queremos entender.

Dos dias em que apetece pegar na bike e atravessar ruas, parques e lagos até não restar força alguma no corpo e este, esgotado, adormece fundido com a terra de que é feito.

Dos dias em se quer abraçar Morpheus e dormir um sono sem sonhos durante um mês.