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domingo, 4 de novembro de 2012

O outro lado de Viena - a sustentável leveza do ser




O reencontro com o ex, quase 2 anos depois de terminarmos. Minto, jantamos há quase um ano num encontro fugaz. Ansiedade crescente nos dias anteriores à viagem, algumas dúvidas, alguns ses.
As nossas vidas mudaram (a dele indubitavelmente, com a mudança de país), o contacto foi mantido com conversas pessoais a diferentes níveis, mas certos tópicos evitados.
Foi quem mais amei. Verbalizar isto foi um grande passo para mim, avessa que sou a dar nomes aos sentimentos e sentimentos verbalizados aos outros (aqueles por quem é sempre um risco dar demais de nós).
Gosto de gostar de quem amei e não tenho razões para mudar isso. Não guardo ódios nem rancores de amores idos. De modo diferente, continuam importantes.
Ir a Viena foi reencontrar o meu passado no meu presente, e gostar de nos ver bem no futuro. Crescemos, amadurecemos (o M. ganhou uns brancos, finalmente), e valorizamos isso no outro. Não houve tópicos tabu, nem ciumes de quem entrou/saiu da vida do outro desde o fim da ligação como casal.
Viena deu-me mais do que tem para oferecer: a certeza de saber o que quero e confirmar o que não quero.  E momentos maravilhosos com um grupo de tugas bem dispostos que por lá pululam.




9 comentários:

Afrodite disse...

A imagem é fabulosa... e expressa tão bem esse teu desabafo. Foi como se te desnudasses um pouco perante nós, teus leitores.


Um beijo na tua pele nua
(^^)

L Girl disse...

Admiro quem tem todo esse discernimento e clareza para seguir em frente, sem deixar para trás a outra pessoa, mas conseguindo preservar uma amizade. Beijinhos :)

Pusinko disse...

Afrodite,
é algo que não costumo fazer, expor-me perante os meus leitores desta maneira. Mesmo que sejam só 3, é-me difícil. Mas foi tão bom e importante que decidi partilhar. E soube-me bem :)

Beijo desnudo, só pode :)


C.spot,
ele não é o 1o ex com quem mantenho contacto.
Quando se acaba porque se deixa de gostar e não por numa situação limite e dolorosa, é possível gerir a amizade (depois de sarar o coração, e dar um tempo/espaço).
Depende sempre dos envolvidos. Eu tenho sido feliz nesse aspecto porque els pensam assim.
E depois, não é por não estar junto de alguém que foi tanto no meu passado, que essa pessoa passa a ser 1 idiota. Nem eu passo a ser 1 cabra :D

Beijinho

Jedi Master Atomic disse...

Eu costumo dar-me bem com as ex, mas também não faço questão de ter muito contacto com elas. Gosto de cortar "o mal" pela raíz, if you know what I mean :P

Pusinko disse...

Jedi,
Depois de um tempo de reflexão e cura dos males de amor, houve 2 de quem fiquei amiga.
Com o B, de longe a longe vamos ver futebol e beber uns copos com e sem a namorada dele. Ela não faz espiga do assunto, nós também nao. Com o M. Não é algo que queira ainda fazer, porque não nos vemos e o contacto restringe-se à net. Foi óptimo assim, sem outros presentes nesta altura.
Mas percebo que há casos em que o melhor é cortar pela raíz :) mesmo que não haja nada terrível contra a pessoa. Sem más recordações mas finito.

Shinobu disse...

não sei se teria a tua coragem para reencontrar com algo que para mim está no passado... muito madura da vossa parte... essa relação de amizade :)

Pusinko disse...

D. Pereira,
Pois, mas para mim não está no passado. Está é num novo presente. E no caso do M, eu não sabia bem se ia confirmar o que pensava, ou se podia desabar as minhas convicções de ter ultrapassado.
DAí que foi muito especial. E porque fortaleceu a nossa ligação, que foi, desde sempre, invulgar :)

Anónimo disse...

"a certeza de saber o que quero e confirmar o que não quero." e chegar a esta conclusão é tão importante. Fico feliz por ti.

Beijinhos

AC disse...

Com os meus ex não houve zangas, nem revolta, houve afastamento gradual por uma série de factores, assim não fiquei amiga de nenhum deles.

Alguns já os voltei a ver, falámos, mas paira no ar algo que não sei explicar e que me incomoda.

De todas as pessoas que passaram na minha vida guardo de óptimas recordações, cada uma à sua maneira foram especiais, e esses momentos que vivi ficaram comigo para sempre, mesmo depois de terem partido.

Gosto quando partilhas algo muito teu, e tão profundo.:)

beijooo Pukas