Era uma vez uma família pobre

 Na escola, diz a professora para os alunos

- Meninos! Para amanhã, quero uma composição sobre uma família pobre.

(...)

- Joãozinho, leia a sua composição.

- Sim, senhora professora. 

Era uma vez uma família pobre. A mãe era pobre. O pai era pobre. Os filhos eram pobres. O mordomo era pobre. A governanta era pobre. A tutora era pobre. O jardineiro era pobre. O motorista era pobre. A cozinheira era pobre.... eram todos pobres.

A anedota que me esqueci de colocar antes do post de Roma. Não ficou muito clara a ironia, eu reparei.

Porque, na verdade, Roma é linda, a arquitectura também, os gelados italianos são tão bons quão famosos, a comida é deliciosa-sem-nunca-passar-a-portuguesa, o taxista era um hino ao que aprecio num moço (por fora), o enfermeiro, o médico estagiário, o da triagem e o da recepção no hotel eram bem giros e tudo e tudo e tudo muito lindo e flirty. Tem monumentos assombrosos, o Coliseu visto de perto é poderosíssimo, o calor soube-me pela vida. 

Mas nunca, nunca lá moraria. Isso é ponto assente. E as razões pra isso, partilharei mais tarde. Nem tudo são rosas e, se são, algumas cheiram a chulé.