Podia ficar quieta, mas nutro carinho por esta brincadeira do ano passado, a modos que reposto (o 4o dos 3 Rs)... nunca passo este dia em branco.
Mix caseiro de títulos/versos avulsos do livro de sonetos do Senhor deste dia. No dia do país deste Senhor.Amor é fogo que arde sem se ver
O fogo que na branda cera ardia
Transforma-se o amador na cousa amada
Se tanta pena tenho merecida
Tanto de meu estado me acho incerto
Julga-me a gente toda por perdido
Posto me tem Fortuna em tal estado
Coitado! que em um tempo choro e rio
Busque Amor novas artes, novo engenho
Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades
Amor que o gesto human na alma escreve
Que me queríeis, perpétuas saudades?
Se as penas com que Amor tão mal me trata
Quem pode ser livre, gentil Senhora
Tomou-me vossa vista soberana
O tempo acaba o ano, o mês e a hora
Alma minha gentil que te partiste
Erros meus, má fortuna, amor ardente
Enquanto quis Fortuna que tivesse
Eu cantarei de amor tão docemente
Sempre a Razão vencida foi de Amor
(Beijinho bom nessas bochechinhas quinhentistas)
5 comentários:
ah quem me dera ser Camões... e rescrever a História :P
Ah... Camões... esse poeta errante!
(Ó pariga... achas mesmo que passados estes anos todos o homem ainda tem bochechas??)
hehehehe
Que sempre a razão seja Amor.
:)(pink)
É engraçado constatar que identifico praticamente todos os versos... Sinal que a minha memória ainda está ON :)
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