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terça-feira, 24 de maio de 2011

AI - Ah e tal Pusinko como foste hoje vestida para o trabalho?

(AI = Amigo imaginário; P= Pusinko)


P - Ah olá! Fui do seguinte modo: sweat cor-de-rosinha com pinta desportiva, calças pretas de bolsos laterais que servem para ir ao ginásio se apetecer, sapatilhas novas super fixes e ultra confortáveis, lenço à pirata na cabeca. Sorriso muito grande.
AI - Parece-me bem, sim senhora. E já equacionaste como seria se tivesses de usar farda ou roupa formal?
P - Não.
AI - Queres equacionar agora?
P - Hmmmm... nao me dá jeito.
AI - Só um bocadinho.
P - Nao vai dar.  Vou fazer cenas. Nao é um assunto que me agrade.
AI - É um belo tema de reflexão.
P - Ok, seja! Estou muito contente por vestir o que me dá na real gana pra sair de casa e ninguém ligar. Gosto muito de usar fatos e roupa formal porque é um contraste bonito e um outro lado meu. Mas nao gosto de vestir de nenhuma maneira específica com o propósito para restabelecer a ordem das coisas. Vivi isso recentemente. Nao gosto de pessoas preconceituosas. Mas gostei que ela (e ele) engulissem aquela atitude sobranceira. Depois piaram fininho e era escusado.


NOTA
Sim, é importante saber adequar-se às situacoes e o vestuário é fundamental. Acho também que há limites bastantes definidos no que ao vestuário diz respeito. O decoro, em diferentes níveis, é fundamental quando se quer ser lavada a sério (sim, afecta mais as mulheres, a meu ver) em diversas situacoes.
Mas nunca deveria fazer a diferenca para uma empresa cumprir as suas obrigacoes com um servico que devia estar concluido meses antes, da responsabilidade deles, consecutivamente adiado com as desculpas mas imbecis e, quando frente a frente, se dirigirem a nós como se nos (me) saissem larvas dos ouvidos ou tivessemos (eu) a língua verde e respondem com agressividade. Porque a única coisa que mudou dessa ocasiao para a semana seguinte foi um fato e uma certa atitude que sei buscar em mim e resulta muito bem com certa maltinha. Foi resolvido na hora.
Pois, um fato, ar de nenhuns amigos sem tempo a perder com aquela gente e um advogado com nome aristocrático que eu inventei pelo meio. Desejei um excelente dia. Eles é que de repente tinham tempo livre e o dono da empresa me convidou ao seu escritório para ele próprio resolver as coisas. Afinal, a secretária deve ter olvidado o meu assunto pendente há meses. a incompetente, eu que desculpasse que ela andava numa fase dificil e tal... Ele próprio resolveria assuntos que eu tivesse com eles no futuro. Como se ele nao tivesse passado por mim noutras ocasioes e fechado a porta como se nada fosse. Pelo menos nao me encarou quando lhe disse isso mesmo. Rais'quilhe gente assim.

11 comentários:

Handsomed.74 disse...

tenho uma situação idêntica.

.:GM:. disse...

Eu tenho trabalhado de calções e havaianas. E mais não digo.

Pusinko disse...

Joao(mais nada): Esta foi a mais flagrante para mim.

.:GM:.: Outras pessoas à minha volta fazem o mesmo, sem a parte de esplanadas à beira-mar. Mas o objectivo foi chamar a atencao para o julgamento que se faz sem ocnhecer a pessoa e se coloca em 2o plano na sprioridades por se achar superior por alguma razao obscura. :/

Anónimo disse...

Infelizmente a forma como nos vestimos influência a ideia que fazem de nós.

Beijinhos

Pusinko disse...

A escrita está péssima no meu comentário, mas as horas de sono sao diminutas nos ultimos dias............. Ainda assim, queria realcar que espero que gente assim mude um dia, espontaneamente ou por sofrer na pele. Tanta mania sem fundamento.

Miguel Bordalo disse...

Eu odeio etiqueta, tal como odeio gravatas. Eu entendo a necessidade de não comer de boca aberta, e de não ser um animal à mesa para respeitar as pessoas que estão à minha volta e que querem comer à vontade. Mas não entendo a parte plástica da etiqueta. Quando me dizem epá, é preciso levar gravata. O que tem piada porque eu nem fato tenho, eu não entendo o uso da gravata. Para que é que serve aquilo? É para lavar a boca quando se perdeu o guardanapo? Se alguém quiser usar aquilo porque acha bonito, como um lenço, ou uma flôr à lapela, isso é o problema deles, mas ser obrigatório por etiqueta... Não vou obrigado.

Pusinko disse...

Joana: Nao diz nada sobre nós, mas pelos vistos há quem interprete toda uma pessoa e julgue antes de trocar 2 palavras.

Miguel Bordalo: Eu entendo certas regras e sou a favor que existam. O Modo de vestir nao é uma delas. No entanto, acho que uma professora, por ex nao deve usar uma blusa transparente com o soutien todo exposto e metade das coxas à mostra quando vai trabalhar. Opinioes. Há diferentes ocasioes e diferentes pecas de vestuário. Mas concordo quando dizes que se gostam de certas pecas vá, clássicas/pipis, ponham, mas que nao deve ser obrigatório usar isto ou aquilo para "nao ficar de fora", que é desadequado porque alguém diz que sim. É um preconceito péssimo, mas muito vulgar desde sempre.

Gosto de fatos/roupa clássica e só uso quando me dá na veneta.
Foi desconfortavel ter de me vestir de determinada maneira para fazer valer os meus direitos. Abomino atitudes como aquela a que fui submetida por uma senhora incompetente e metida a besta.
Ainda assim, optei por envergar o fato para reforcar a mudanca de modo que ela entendesse.
Irritam-me muito situacoes assim.


Beijinhos a ambos

Unknown disse...

que fixe poder ir como nos dá na real gana. desde que não seja de pijama!
:)

xoxo*

Miguel Bordalo disse...

Mas uma professora tem uma responsabilidade para com os alunos. Nâo os pode pôr desconfortáveis. Nâo tem nada a ver com etiqueta, ou com regras, tem a ver com o direito dos outros não se sentirem mal porque a professora não sabe o que é responsabilidade. É preciso pensar nesses momentos. A etiqueta é uma maneira de impedir as pessoas de pensar, ou seja, formata à partida. Eu não gosto disso.

Pusinko disse...

Miguel Bordalo: Tens razão. São conceitos diferentes.
E sim, a maioria da "etiqueta" é restritiva e castradora. Uniformiza demasiado. E gostei da maneira como expuseste as coisas :)
Quase ser do contra. Aprecio muito isso ahah sou um bocado nessa linha em muitas coisas.

Anónimo disse...

deixa lá...eu de cores escuritas botinhas a condizer num conselho de administração e numa escola...primeiro impacto "quem é a ave rara..." " de fato ficava a matar"-___-